Dudy e Violino

A representação polaca na exposição ficou a cargo do violino, o instrumento tradicional mais popular na Polónia. A escolha inicial, contudo, seria a dudy, a gaita-de-foles local. Tal como noutros casos, não foi possível garantir a presença da dudy, o que não quer dizer que não a possamos assinalar aqui. Fazemo-lo com recurso a um pequeno momento musical onde surge acompanhada pelo violino.

Vilma Timonen

A viagem continua com bilhete reservado para a Finlândia já na próxima terça-feira (4 de Dezembro) pelas 18:30 h. A altura é de apreciar um recital de Kantele, o instrumento nacional do País, pela artista finlandesa Vilma Timonen. Organizado com o apoio da Embaixada da Finlândia, o recital é de entrada livre.

Este concerto surge numa altura em que finalmente se edita em português o poema épico finlandês Kalevala, onde se descreve a invenção do kantele pelo feiticeiro Väinämöinen a partir dos ossos de um lúcio gigante e dos cabelos de uma elemental do reino aquático.

Vilma Timonen, professora de música na Academia Sibelius, é uma das pioneiras da renovação que se vive na Finlândia em torno do instrumento nacional, o kantele. Foi uma das primeiras pessoas a utilizar um kantele eléctrico, tendo dedicado especial atenção à divulgação das suas qualidades. Do seu currículo constam concertos realizados em Espanha, Venezuela, Colômbia, EUA, Japão, Portugal, Zâmbia e Tanzânia.

» Mais informações no site de Vilma Timonen.

Kankles

O kanlès é o instrumento nacional da Lituânia, sendo por isso lógica a sua escolha como representante do País na exposição. Trata-se de um instrumento pertencente à chamada família dos saltérios bálticos da qual fazem também parte o kokle (Letónia) de que já aqui falámos,
o kannel (Estónia), o gusli (Rússia) e o kantele (Finlândia) do qual falaremos em breve.

Este instrumento era geralmente associado à morte. Os lituanos acreditavam que para fabricar um kankles com boa sonoridade seria necessário que a madeira a utilizar fosse cortada de uma floresta madura no dia em que um ente querido morresse. Tocar kankles era, por conseguinte, muito semelhante a um acto de meditação; acreditava-se que ao fazê-lo o músico estaria protegido da morte, de doenças e de acidentes.

Kaval e Gadulka

A representação búlgara na exposição está a cargo de dois instrumentos: gadulka e kaval. Instrumentos chave da música tradicional do País, ganharam recentemente um novo fôlego graças ao trabalho de músicos de excepção como Theodosii Spassov (kaval) e Peyo Peev (gadulka). Vale a pena apreciar como a música pode existir a meio caminho entre o jazz e a folk.

Pontes sobre espaços e tempos

A viagem musical à Roménia leva-nos a atravessar pontes sobre os espaços e tempos para ouvir um concerto de piano e cânticos romenos na interpretação da meio-soprano Liliana Bizineche e do pianista Nicolae Dumitru. A viagem tem data marcada para 30 de Novembro (sexta-feira) às 18:30 h. A organização é partilhada com o Instituto Cultural Romeno, sendo a entrada livre. A não perder.

Trstenke

O trstenke, instrumento que representa a Eslovénia na exposição, inclui-se na chamada família das flautas de Pã e é o único instrumento esloveno que se toca sem acompanhamento. Entre as flautas de Pã da Europa e do mundo, as trstenke eslovenas têm características muito próprias, sendo os tubos que as constituem dispostos numa linha em forma de V, o que permite executar vários sons em simultâneo.
Foram várias as pesquisas que fizemos no sentido de encontrar um vídeo onde fosse possível apreciar o trstenke. Não foi possível. Assim sendo, tal como fizemos para o lur da Dinamarca, ficamo-nos apenas com o som, neste caso do grupo esloveno, Kurja Koza (na foto).

Música Clássica Búlgara

A música clássica búlgara estará na ordem do dia na próxima sexta-feira, dia 23 de Novembro (18:30 h), com um concerto onde serão interpretadas obras de Pantcho Vladigerov, Georgi Zlatev-Cherkin, Petar Christoskov, Benzion Eliezer, Marin Goleminov.

Corporizando a música destes importantes compositores búlgaros estarão Lilia Donkova, Gergana Bencheva e Carla Wyburn (violinos), Zhanna Antonjuk (viola), Viktoria Chichkova (violoncelo) e Dimitrinka Doncheva (piano), músicos da Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras que serão dirigidos pelo seu Director Artístico, Nikolay Lalov. O concerto é organizado com o apoio da Embaixada da Bulgária, sendo a entrada livre.

Kokle

A representar a Letónia na exposição estão dois instrumentos o stabule e o kokle, este último considerado o mais característico e importante do País. O kokle adquiriu um significado acrescido devido à identificação emocional daqueles que o ouvem, ao simbolismo cultural que o rodeia e às suas diversas utilizações. Algumas lendas contam que o kokle foi mesmo entregue aos letões por Deus.
Tendo caído em desuso no princípio do século XX, foi recentemente alvo de um revivalismo. Entre os principais impulsionadores desse movimento conta-se Valdis Muktupāvels que aqui podemos apreciar. Convidamo-vos, portanto, a inclinarem o pescoço para a direita durante um minuto e seis segundos e a apreciarem o kokle.

Harpa Irlandesa

Única e distinta, a harpa detém um lugar muito especial no panorama musical irlandês. É o instrumento mais antigo que é referido pela literatura irlandesa e foi adoptado como emblema nacional oficial desde a Idade Média. Neste vídeo podemos apreciar duas peças de música tradicional da Irlanda interpretadas por Michelle Mulcahy, uma premiada multi-instrumentista.

Tin Whistle e Bodhrán

A tin whistle é um dos mais típicos instrumentos irlandeses, sendo bastante popular por todo o Reino Unido. Neste vídeo de 1975 surge acompanhada pelo bodhrán, instrumento de que já falámos no blog (ver Concertina e Bodhrán). A dar vida a estes instrumentos encontramos alguns dos seus mais importantes divulgadores: Paddy Moloney e Sean Potts (tin whistles) e Peadar Mercier (bodhrán).

Uilleann Pipes

Quem tem acompanhado o blog ou visitou a exposição apercebeu-se, concerteza, como a gaita-de-foles é um instrumento transversal a toda a Europa. Assim sendo, não será de estranhar que também a Irlanda possua a sua própria gaita de foles: uilleann pipes. A exemplo do que aconteceu, por exemplo, com o cimbalom, também este instrumento não integra a exposição. Não podemos, contudo, deixar de o referir, dada a sua importância. Para isso contamos com a "ajuda" de um dos seus mais famosos intérpretes, Seamus Ennis.

Altera Veritas

Depois de uma passagem pela Irlanda, apanhamos rapidamente o avião até à Letónia para nos deliciarmos com o grupo de câmara, Altera Veritas que apresentará no Museu o instrumento nacional do País, o kokle, assim como muito mais música. O concerto é já no próximo sábado, dia 17 de Novembro, às 16:30 h.

Constituído por Ieva Mežgaile e Anda Zaborovska (kokle), Andis Klučnieks (flauta) e pelo finlandês Marko Ojala (acordeão), o Altera Veritas é um dos mais destacados ensembles da Letónia. Desde a sua formação, o grupo tem procurado chamar a atenção para o kokle, recuperando-o enquanto instrumento com grandes possibilidades sonoras.

Este concerto é organizado com o apoio da Embaixada da Letónia, integrando o ciclo de eventos da exposição «Culturas Musicais da União Europeia: Uma Viagem Instrumental». A entrada é livre.

Teresa O'Donnell

Teresa O’Donnell, uma reputada harpista, fará as honras da casa em mais uma viagem musical integrada na exposição «Culturas Musicais da União Europeia: Uma Viagem Instrumental», desta vez à Irlanda, já na próxima sexta-feira dia 16 de Novembro, pelas 18:30 h.

Acompanhada da sua harpa e voz, Teresa interpretará melodias irlandesas, procurando ainda deixar algumas referências à música do seu País e ao instrumento que toca, representante da Irlanda na exposição.

O concerto é de entrada livre, sendo organizado com o apoio da Embaixada da Irlanda e com o patrocínio da Culture Ireland, agência estatal que promove a arte e a cultura irlandesa a nível internacional.

Lur

Remontando ao final da idade do Bronze, o lur é uma trompa integralmente fundida em Bronze, cujo comprimento geralmente oscila entre o 1,80 e os 2,50 m. Este instrumento tem sido encontrado com frequência em escavações no norte da Europa, em particular na Dinamarca. É, por conseguinte, o instrumento que representa este País na exposição.

Infelizmente não conseguimos disponibilizar aqui um vídeo deste instrumento. No entanto, com a devida autorização de Ann-Marie Sundberg (na foto), reproduzimos aqui dois pequenos excertos onde é possível apreciar o som produzido por este lindíssimo instrumento.

» Ann-Marie Sundberg - Förfäderna talar

» Ann-Marie Sundberg - Bronze age rag

Fujara

Em representação da Eslováquia temos um instrumento que integra a lista de obras-primas do património oral e imaterial da humanidade, proclamada pela UNESCO: a fujara. Trata-se de um instrumento fantástico que tem uma sonoridade semelhante à do didgeridoo australiano. No vídeo que aqui disponibilizamos é possível não só ouvir o instrumento como aprender qualquer coisa sobre ele.